Mostrar mensagens com a etiqueta Pessoal. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Pessoal. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Filme - Livre

Há filmes que nos fazem pensar. Que nos desafiam. Que nos provocam. O filme Livre (2014), baseado no livro de Cheryl Strayed, fez-me sentir cada passo dado pela personagem no filme. A história é baseada em factos reais e centra-se numa caminhada de mais de 1500km pelo deserto. Uma caminhada na busca de um sentido, de um melhor eu, de um redimir dos erros do passado.

Desde o primeiro dia em que a personagem prepara a sua mala, quase mais pesada que ela própria, o filme acompanha todo o percurso desta caminhada. Por cada passo há memórias que surgem, imagens rápidas de momentos do passado, pensamentos e monólogos interiores. E por cada passo, acabamos por nos questionar também. Estamos a dar os passos certos para nós? É este o nosso caminho? Seríamos capazes de largar tudo para caminhar 1500km no deserto? Pensar isto, sentado no sofá, tem muito que se lhe diga.

Esta noite, com toda a certeza, vou dormir muito grata pela minha cama e pelo meu conforto, ao mesmo tempo questionando se algum desconforto não seria desejável...


quarta-feira, 9 de março de 2016

Intimista | Quando dói

Há momentos intimistas, quando dói. Mas também há momentos de esperança, quando se abandona o que já foi.


Quem olha vê tudo normal
um dia como qualquer outro
coisas por fazer
coisas por ser feitas
é seguir as mesmas receitas

Um dia a seguir ao outro
a vida segue em frente
o piloto automático ligado
o tempo já contado
nada de diferente

O vazio chega aos poucos
nos minutos de espera
em que a rotina se quebra
e os pés ficam frouxos
sem conseguir continuar

Dia após dia os passos
deixam de ser automáticos
e começam a fazer doer
de tão sem sentido
e tão sem querer

Agora quem olhar vê
que não é só mais um dia
porque cada passo dói
cada passo anestesia
cada passo destrói

sábado, 5 de março de 2016

Intimista | Quando o passado é o presente

Hoje tive um momento mais intimista. Porque a vida também tem momentos assim.


Reler diários antigos
é como conhecer
alguém que pensei já não ser.

Após todo este tempo
o que fui devia ser passado
mas sinto que que o sou neste momento.

Os anos não mudaram
aquilo que eu queria abandonar
nem o que eu queria conquistar.

A distância entre o ontem e o hoje
é igual aos pequenos passos
que prometi a mim mesma dar
mas não passam de fracassos.